segunda-feira, 23 de março de 2015

prospecção do real - capítulo vigésimo segundo

esta mão fria sobre o
peito a induzir a morte ;
os animais eléctricos a romper a
carne por dentro e o quarto
cheio de álcool a soprar um
poema acabado sobre as velas
do moinho de pedra.


quando um corpo arruinado
dança sobre as memórias de
ser completo,
tendo a recitar os poemas que
nunca escrevi. a sublinhar
as expressões faciais dos
grandes poetas nos livros
de fotografias
como se os rostos me adornassem
a tristeza com uma luz especial;
um estranho encanto na
incompetência de ser feliz. 

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