quinta-feira, 8 de outubro de 2015

não se vende fiado



tens os dedos compridos.
reparo nisso enquanto
sorris e escreves a
lista de compras
para amanhã;
no fim do papel
o meu nome em
letras pequenas.
este meio-corpo em
pedaços num talho
de esquina a gritar
o desespero de não
saber a palavra certa
para dizer que te amo.

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