espalhar as canetas sobre a mesa; o tampo
manchado de vinho e sangue.
a tinta e o plástico; a tampa roída de outras
noites sem dormir . acender um cigarro
com um fósforo molhado e morder o filtro
para não chorar.
manchado de vinho e sangue.
a tinta e o plástico; a tampa roída de outras
noites sem dormir . acender um cigarro
com um fósforo molhado e morder o filtro
para não chorar.
se chegares entretanto não faças barulho
- a terceira tábua depois da porta tem o hábito
de ranger quando se passa sobre ela devagar -
agarra-me o braço adormecido como se não estivesse
já demasiado frio. movimenta-o de um lado
para o outro e diz que o amor, afinal, não
se despede sozinho. não se vende na
loja de conveniência na prateleira
dos napperons. apaga as luzes;
fecha os olhos: os teus. o que fui
leva-o contigo e deixa que a densidade
da noite se abata sobre o telhado;
sobre este corpo que sonhou
irremediavelmente.
- a terceira tábua depois da porta tem o hábito
de ranger quando se passa sobre ela devagar -
agarra-me o braço adormecido como se não estivesse
já demasiado frio. movimenta-o de um lado
para o outro e diz que o amor, afinal, não
se despede sozinho. não se vende na
loja de conveniência na prateleira
dos napperons. apaga as luzes;
fecha os olhos: os teus. o que fui
leva-o contigo e deixa que a densidade
da noite se abata sobre o telhado;
sobre este corpo que sonhou
irremediavelmente.
gosto tanto da palavra "napperons". saudades.
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