daqui a 40 anos
ainda terei o sabor
da derrota entre
os dentes.
abrirei os sulcos
por onde escorrerá
a vertigem das palavras
e deixarei que me
olhes de perto.
que admires a beleza
inerte do desespero;
os olhos recortados
de uma criança
submersa no
tanque do quintal.
uma única voz
no silêncio,
suspensa,
a desacelerar
um poema
que foge
a 1480 m/s
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