desistir do amor.
auscultar as palavras
com as mãos fechadas;
aqui dentro este compasso
de primavera não chega
para colorir as figuras
como quando era criança.
o lápis sempre
cinzento a gastar devagar
o que resta do corpo
na esperança sintética
de te desenhar um rosto.
um sorriso.
as curvas desenhadas para
dentro para que o fogo.
um gato castanho a saltar
de um alguidar vazio.
as mãos que restariam
do teu abraço a sortear
a morte dentro de um
barco sem destino;
as perguntas todas
por fazer e as respostas
debaixo de água.
um fogo enternecido
que sofre devagar
os vértices da desistência;
o amor.
dançamos depressa até
que as mãos se separam
e o corpo, o lápis, o fogo
se desfaz sem que nenhum pedaço
de carvão possa, tão pouco
desenhar um espaço que
não acabe vazio.
auscultar as palavras
com as mãos fechadas;
aqui dentro este compasso
de primavera não chega
para colorir as figuras
como quando era criança.
o lápis sempre
cinzento a gastar devagar
o que resta do corpo
na esperança sintética
de te desenhar um rosto.
um sorriso.
as curvas desenhadas para
dentro para que o fogo.
um gato castanho a saltar
de um alguidar vazio.
as mãos que restariam
do teu abraço a sortear
a morte dentro de um
barco sem destino;
as perguntas todas
por fazer e as respostas
debaixo de água.
um fogo enternecido
que sofre devagar
os vértices da desistência;
o amor.
dançamos depressa até
que as mãos se separam
e o corpo, o lápis, o fogo
se desfaz sem que nenhum pedaço
de carvão possa, tão pouco
desenhar um espaço que
não acabe vazio.
o cansaço, hoje, a justificar
a passagem das horas.
a passagem das horas.
compro um sorriso;
uma palavra só cheia
de nada.
de nada.
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