domingo, 24 de janeiro de 2016

do tempo

nunca soube nada sobre
o amor. as palavras são
uma vertigem apenas. 

escrevo num quadro de giz:
“a aflição do presente é querer
garantir que o passado e o futuro
não ocupam lugar nenhum”,
enquanto inundo o presente inteiro
com memórias. o teu sorriso, talvez.

algures, há uma caixa de amanhã
e não estás lá dentro.
só o tempo
que permanece sem ti. 

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